50ª PEREGRINAÇÃO A FÁTIMA
50ª PEREGRINAÇÃO FRANCISCANA A FÁTIMA
Desde há 50 anos que a Família Franciscana vem aos pés da Mãe, em Fátima, para renovar a alegria de A termos como nossa Mãe, Rainha e Advogada de toda a nossa Família, assim a proclamou S. Francisco de Assis há 8 séculos.
Este ano a peregrinação teve por tema principal: “Do encanto do Presépio à beleza da Fraternidade”, alusão aos 800 anos do primeiro Presépio criado por S. Francisco em Greccio, Itália, a que se juntou também a celebração dos 150 anos da conversão de Mary Jane Wilson, Fundadora das nossas Irmãos Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias, também conhecidas como Vitorianas.
Participaram alguns milhares de Irmãos vindos de muitas Fraternidade, Muitas Irmãs Religiosas, umas dezenas de Frades da Primeira Ordem, nossos Assistentes, e muitos admiradores do carisma e jeito de viver o Franciscanismo.
No sábado dia 7, após o acolhimento dos Irmãos, no Auditório do Centro Paulo VI, deu-se início à Via-Sacra pelo caminho dos Valinhos, um momento sempre alto para todos os que vêm em peregrinação a Fátima. Realçar que a devoção da Via-Sacra e da Cruz foi trazida para a Igreja pelos Franciscanos e, por isso mesmo, é uma devoção que nos é tão querida. Este momento de caminho com a Cruz, regressados todos ao arredor do Santuário, os Irmãos juntaram-se para o almoço, num restaurante, onde pudemos viver mais um bom momento Fraterno de convívio, de alegria e partilha a que se juntou, a partir deste momento o nosso Assistente, Frei Albertino Rodrigues. Depois do almoço de todos os lados se viam Irmãos a encaminhar-se para ao Auditório do Centro Pastoral Paulo VI onde nos esperavam surpresas celebrativas.
A Sessão no Auditório do Centro Paulo VI, teve início com muita animação e cânticos, com Frei e jovens no palco a tocar viola e a cantar e a por toda a assembleia animada e festiva, enquanto todos iam chegando. Por fim deu-se início à sessão tendo para tal tomando a palavra Frei Fernando Mota, Ministro Provincial dos Franciscanos (OFM, deu as boas vindas aos Peregrinos, numa saudação espontânea, inflamada, bonita principalmente dirigida aos Jovens.
Assim, criou um ambiente propício para recebermos com alegria as representações que se seguiram das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias sobre a conversão da sua Fundadora Mary Wilson, com uma belíssima teatralização contando a história da conversão ao catolicismo da sua Fundadora, celebrando este ano os 150 anos da sua Fundação.
Depois coube à Comunidade Cristã de Santo António de Barcelos, teatralizar o Natal de Greccio, que foi “divinamente” recreado pois, nem os profissionais conseguiriam transmitir tanta beleza emotiva nem tanta sensibilidade. Tudo estava pensado, desde os cenários, aos figurantes devidamente vestidos à época, aos cânticos e diálogos. Foram capazes de nos transportar de mente e coração para aquele momento, há 8 séculos, em que S. Francisco recreou o nascimento do Menino para poder vivenciar a pobreza vivida por jesus Nosso Senhor e sua Mãe Santíssima e, foi isso que vivenciamos naquele palco. Ambas as representações foram muito aplaudidas pelos milhares presentes no auditório.
Seguiu-se a Missa Solene, na Basílica da Santíssima Trindade, presidida por D. Rui Valério, Patriarca da Cidade de Lisboa, tenho ao seu lado Frei Fernando Mota, Provincial dos Franciscanos (OFM), D. José Ornelas Carvalho, Bispo de Leiria Fátima e como referi antes muitos Sacerdotes Franciscanos e outros. O Coro foi dirigido pelo Frei Albertino Rodrigues, Assistente da nossa Fraternidade que teve a seu cargo a Liturgia da Missa, um coro com Irmãs e várias Congregações Franciscanas sendo a sua maioria noviças do Mosteiro das Irmãs Clarissas de Monte Real.
Terminada a Celebração os Irmãos da Fraternidade de S. Francisco da Cidade, juntos dirigiram se para o restaurante, a fim de jantar antes de ir para a Procissão das velas. À mesa desenrolou-se um convívio amigo e fraterno, uma bonita confraternização. Infelizmente, devido a compromissos inadiáveis, alguns irmãos tiveram que regressar a Lisboa, porém, os que puderam permanecer rezaram, aos pés da Mãe Santíssima, por todos, presentes e ausentes.
Depois do terço, na capelinha das aparições, seguiu-se, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário uma vigília e oração.
Foi mais uma peregrinação onde sentimos não só o Amor da nossa Mãe e Rainha como o bom que é sermos Irmãos e Irmãs desta grande Família nos passos de Francisco e Clara de Assis, sem esquecer o Beato Luquésio e a sua esposa, primeiros Terceiros Franciscanos.
Irmã Bernardete Sousa
Frei Albertino Rodrigues OFM