O nosso Brazão
Explicação do nosso Brazão ou Escudo
O Brazão, ou Escudo, de uma Instituição, outrora também chamado de “Armas”, surge há muitos séculos como forma de identificar um Imperador, um Rei, um Bispo, uma Família, Instituição ou simplesmente um Nome de alguém detentor de títulos deSenhorio, Poderio ou Honraria.
O atual Brazão da Fraternidade da Ordem Terceira de S. Francisco da Cidade, em Lisboa, contempla em si, por tudo o que significa como Ícone identitário desta Fraternidade, uma panóplia enorme de simbologia que o enriqueceu ao longo de alguns séculos.
O Brazão atual foi atualizado e redesenhado, a partir de um anterior, de forma a ficar o mais parecido possível com o mais antigo e que podemos ver pintado no teto da nossa Capela, depois de aprovado em Conselho da Fraternidade e Assembleia Geral dos Irmãos, passou a ser o Brazão vigente nesta nossa Fraternidade.
A base, em tom dourado baço, é símbolo do peso e da riqueza da secular história desta Fraternidade. O ouro, também com laivos acastanhados, mais que símbolo de riqueza e poder é símbolo da honra e de serviço que levou a que ainda hoje esta Fraternidade seja reconhecida como Venerável.
Destaca-se logo no topo as Armas ou Escudo Geral da Ordem dos Frades Menores, de quem nascemos e a quem S. Francisco nos confiou e confia à sua Assistência Fraterna. Compõe esteEscudo o braço de Cristo desnudado cruzado com o de S. Francisco vestido de burel castanho. Ambos as mãos com as chagas simbolizando o abraço de Francisco ao Crucificado ao ser também estigmatizado no Alverne. Completa, ao centro deste Brazão uma Cruz que unifica no mesmo Amor Cristo e Francisco. Em algumas versões mais recentes pode surgir o Tau em vez da Cruz.
Logo abaixo a Coroa deEspinhos recordando os tempos fundantes da Ordem Terceira de S. Francisco,chamada então Ordem dos Penitentes de Assis. A Coroa recorda ainda hoje os muitos Terceiros que a partir desta Fraternidade levaram pelo mundo a devoção à Paixão de Cristo.
A parte central de todo o conjunto que compõe o Brasão encontra-se dividida em duas partes. Do lado esquerdo, as cinco Chagas de Cristo ensanguentadas. Foi este o primeiro Escudo dos Terceiros Franciscanos em todo o mundo e, por isso, sempre as encontramos nos mais recentes e elaborados Brasões como se do nosso ADN se tratasse.
Do lado direito, encontramos os símbolos do Escudo da Bandeira Portuguesa. É comum associar-se aos Brasões símbolos pessoais e que identifiquem o país a que pertence aFraternidade.
Assim, e dentro de uma cercadura de cor vermelho vivo, símbolo da coragem e do sangue dos Portugueses que morreram em combate, encontramos sete castelos, representando as sete cidades que D. Afonso Henriques conquistou aos Mouros: Coimbra, Óbidos, Santarém, Lisboa, Palmela, Ourique e Évora.
Na parte central de fundo branco destacam-se as chamadas cinco Quinas ou Escudos de cor azul simbolizando os cinco reis Mouros que Dom Afonso Henriques derrotou e dentro destes encontramos as cinco Chagas de Cristo pois desde a sua primeira bandeira que El Rei levava consigo a Cruz de Cristo na bandeira.
A terminar podemos ver um Cordão Franciscano que vai envolvendo todo o Brazão, contendo alguns nós de Frade. Este Cordão lembra aos Irmãos a sua Profissão ou Consagração Religiosa na Venerável Ordem Terceira de São Francisco de Assis, hoje chamada de Ordem Franciscana Secular.
Frei Albertino S.Rodrigues – OFM (Assistente da Fraternidade)